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Um momento para louvar a trilha de Pantera Negra

Pantera Negra talvez seja o maior passo da Marvel em direção a trilha sonoras mais notáveis em seus filmes, depois de Guardiões da Galáxia, em que as músicas já funcionavam como personagens (chorei procurando esse link), e naquilo que Taika Waititi fez com Immigrant Song do Led em Thor Ragnarok tudo já parecia melhor, mas faltava dar mais um passo, ainda mais ousado. Faltava fazer quase como um manifesto, uma verdadeira carta de amor do cinema pra música, que foi justamente o que eles fizeram.


Primeiro, quando disseram que a revolução não seria televisionada com o primeiro trailer:



O poema sonorizado é de autoria de Vince Staples, que cita Revolution Will Not Be Televised, de Gil Scott-Heron, abaixo a música completa e sua inspiração:





Agora já existia a expectativa para a trilha, e para não decepcionar convidaram para esta tarefa um sujeito do naipe de Kendrick Lamar. Estamos falando de um dos melhores e mais consagrados rappers americanos, que tão importante se tornara produtor do filme.

Segundo conta o próprio diretor do filme, Ryan Coogler, a ideia original era que ele apenas fizesse algumas faixas para o filme. Fã do trabalho de Kendrick desde a época das mixtapes, Ryan queria muito que ambos trabalhassem juntos quando possível. Quando o cantor finalizou seu trabalho com o último disco, DAMN, o cineasta já tinha algumas cenas pra mostrar. “E a próxima coisa que sei é que eles já estavam lá, reservando os estúdios pra trabalhar nisso pra valer”

E deu certo, como se pode ver no disco Black Panther: Musics From and Inspired By (publicado uma semana antes da estreia), que começa com isso:



E termina com isso:



E a parte mais interessante é que esse "Inspired By" não se limitou ao inglês, um brasileiro ai chamado Emicida também quis participar da brincadeira:



Emicida ainda foi convidado para a pré-estreia do filme em Los Angeles, e conta que encontrou com Kendrick Lamar em um elevador. Mas infelizmente não deu pra tirar uma foto sequer: “Chamei o Elevador e vi um bonde encostando do lado, quando olhei vi um cara com uma ‘toquinha’ […] Mano, eu entrei no barato e olhei ele tirando a toquinha, ai eu me toquei “Vai tomar no cú que eu to no elevador com Kendrick Lamar e não estou com a porra do meu celular”.

E então chegou dia 15 de fevereiro, estreia de Pantera Negra, nesta altura o álbum já passara da imponente marca de 150 mil vendas e figurava no topo do Billbord 200, mas quem esperaria a incrível parte instrumental da trilha? Misturando os já manjados europeus com um belo toque tribal as inventivas músicas de Ludwig Göransson foram o toque final para a obra de arte que o novo longa da Marvel se tornou.

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